Sobre gasolina AVGás

28/02/2013 00:00

A gasolina de aviação é o principal combustível dos motores a pistão usados em aviões. Além do nome, tem pouco em comum com a gasolina utilizada em carros e motocicletas, pois tem várias características especiais para melhor desempenho e segurança dos motores aeronáuticos.


A gasolina de aviação é um líquido volátil, que apresenta muito baixo ponto de fulgor, sendo portanto muito inflamável nas temperaturas normais de operação. Seu manuseio deve ser cercado de cuidados para evitar acidentes, como incêndios e envenenamentos.

Como as demais gasolinas, a gasolina de aviação, também denominada AVGAS, é composta de uma mistura de hidrocarbonetos saturados, que possuem a desejada propriedade de serem pouco reativos, dificilmente reagindo quimicamente com outros produtos. Essa propriedade é útil, pois evita a degradação do produto e permite o armazenamento seguro por longos períodos de tempo. As moléculas desses hidrocarbonetos possuem de 5 a 10 átomos de carbono cada uma e que destilam entre 30 e 170ºC. A produção de gasolina de aviação é rigidamente controlada para ficar nessas especificações.


A gasolina de aviação é menos volátil que a gasolina automotiva, para evitar a formação de vapor nas tubulações (o que pode levar a parada do motor), especialmente em condições de grande altitude e consequente baixa pressão atmosférica.

O poder calorífico da gasolina de aviação de 100 octanas é de cerca de 11.400 calorias por grama, praticamente igual ao poder calorífico da gasolina automotiva sem adição de álcool (o álcool etílico hidratado possui poder calorífico de 7.100 calorias por grama).

A AVGAS deve possuir grande estabilidade química e alto poder antidetonante. A estabilidade química é melhorada com aditivos anti-oxidantes, que evitam a polimerização e a precipitação de componentes. A polimerização é muito comum em gasolinas automotivas e formam borras gelatinosas nos tanques e componentes do sistema de combustível. Outros aditivos são utilizados como dispersantes, detergentes, anti-corrosivos e para evitar acúmulo de cargas eletrostáticas. Um corante é usado para identificar cada tipo de gasolina e evitar erros no abastecimento.

As gasolinas são identificadas por corantes artificiais, e cada cor identifica um produto em especial. O corante verde identificava a gasolina padrão de 100 octanas (também conhecida por gasolina 100/130, o corante vermelho identificava a gasolina de aviação de 80 octanas e o corante violeta a gasolina de 115 octanas. Atualmente, a única gasolina de aviação oferecida no mercado é a gasolina azul, que identifica a gasolina de 100 octanas de baixo teor de chumbo, também chamada AVGAS 100LL (de Low Lead – baixo chumbo). O corante azul utilizado é o Azul de Metileno.

Antigamente, a gasolina 115/145 era utilizada em alguns poucos (e problemáticos) motores, especialmente os Wright R-3350 Turbo Compound, empregados nos Lockheed Super Constellation e Douglas DC-7. Nos Estados Unidos, pequenas quantidades desse caro combustível ainda são oferecidas para abastecer alguns aviões antigos, com grandes motores a pístão, como os Republic P-47, os North American P-51 e os Lockheed P-38, entre outros. No Brasil, não é utilizada há mais de 40 anos.

A capacidade antidetonante da AVGAS é garantida por um aditivo especial, o chumbo tetraetila. Esse aditivo é proibido para uso em gasolinas automotivas no Brasil, e em seu lugar é usado o álcool etílico na proporção de aproximadamente 25 por cento. A detonação é a queima espontânea e instantânea do combustível, antes da vela fornecer a faísca, o que prejudica o desempenho e pode até mesmo destruir o motor.

Na verdade, o chumbo tetraetila nunca é usado sozinho, mas sim como componente de um aditivo antidetonante bem mais complexo, o chamado Etil-fluido. O Etil fluido é composto de chumbo tetraetila (61,45), brometo de etileno (17,85), cloreto de etileno (18,80) e produtos inertes e corantes (1,9). O composto possui cor avermelhada e o chumbo tetraetila é o componente antidetonante, enquanto que os brometo e cloreto de etileno destinam-se a formar compostos voláteis de chumbo (brometo e cloreto de chumbo), o que facilita sua eliminação junto com os gases de escapamento.

De fato, se fosse usado apenas o chumbo tetraetila, haveria a formação de grandes quantidades de chumbo metálico no motor e em todo o sistema de escapamento. Entre as consequências nocivas disso estão a incrustração de chumbo nas velas, aterrando-as e fazendo-as falhar, acúmulo de chumbo nas sedes das válvulas, causando falha de compressão e acúmulo entre os anéis e suas ranhuras-sede no pistão, também causando falha de compressão.

Não se deve utilizar gasolina de aviação em motores automotivos. Para começar, o uso é ilegal, por motivos ambientais. Outro problema é que os catalisadores dos carros modernos prejudicam a reação que forma os cloretos e brometos de chumbo, e o metal puro acumula-se nas células cerâmicas do catalisador, provocando danos irreversíveis e entupimentos, causando perda brutal de potência. Se não fosse proibido, o uso da AVGAS em motores antigos, sem catalisador, é até benéfico, inclusive melhorando a lubrificação das guias de válvulas, além do óbvio benefício do poder antidetonante.

É importante saber que a AVGAS é um composto altamente venenoso. Além da toxidade normal dos hidrocarbonetos leves, o chumbo pode provocar uma intoxicação chamada saturnismo, ou plumbismo, cujos efeitos são nefastos, causando falência renal e hepática, problemas neurológicos e cerebrais, incluindo demência e vários outros efeitos, podendo causar inclusive a morte. Devido à essa toxidade, deve-se evitar inalar a AVGAS e os gases de escapamento dos motores de avião, e nunca se deve utilizar a AVGAS com produto de limpeza, pois o chumbo pode penetrar pela pele ou ser inalado facilmente. O manuseio deve ser sempre extremamente cuidadoso, não só por motivos de saúde, mas também pelo alto risco de incêndio.

O abastecimento de AVGAS deve ser cercado de cuidados, ser feito sempre em lugares abertos e aterrando-se a aeronave ao veículo abastecedor para evitar faíscas provocadas pela eletricidade estática. Nunca se deve encher o tanque até o bocal, já que a gasolina se expande muito quando exposta ao calor, podendo provocar perdas de combustível pelo respiro do tanque, se a aeronave ficar exposta ao sol ou a altas temperaturas.

A AVGAS brasileira é produzida em sua quase totalidade na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), localizada em Cubatão/SP. Existe pressão das autoridades ambientais para se eliminar totalmente o chumbo da gasolina da aviação, o que não foi feito até agora porque ainda não se encontrou um substituto eficiente e barato à altura e que possa ser certificado pelas autoridades aeronáuticas. Muitos motores no Brasil já funcionam com álcool etílico hidratado e há uma clara tendência mundial de se substituir os motores de aviação ciclo Otto por motores ciclo Diesel, de dois ou quatro tempos, mas que consumiriam, por motivos práticos, o querosene de aviação atualmente utilizado pelos motores a reação

 

2012 teve maior nº de acidentes aéreos em dez anos no Brasil

Foram registrados em todo o país 168 acidentes aéreos em 2012. O número é o maior dos últimos dez anos na aviação civil brasileira, de acordo com o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).

Câmara aprova novas regras para investigar acidentes áereos
Aeronáutica pediu para a fiscalização em escolas de aviação ser reforçada
País registra média de quatro batidas de aviões com aves por dia
Aeronáutica quer tornar sigilosa apuração de acidentes aéreos

O índice ficou acima do registrado em 2011, quando houve 159 acidentes aéreos. 2005 foi o ano com menos acidentes na última década, quando 58 aeronaves tiveram problemas.

Segundo o balanço divulgado --que ainda pode sofrer atualizações-- 146 acidentes envolveram aviões e outros 22 aconteceram com helicópteros. Ao menos 32 acidentes tiveram vítimas fatais, com 71 mortes.

Os meses com maior número de acidentes foram fevereiro (18 ocorrências), novembro (17), setembro e agosto (ambos com 16). Outubro teve o menor registro de acidentes (10).

 
 

 

E aquele nosso asfalto, da BR-163 até os hangares, será que um dia sai?

ANAC aperfeiçoa vigilância de planos de voo.

Brasília, 06 de dezembro de 2011 - A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) está aprimorando o sistema Decolagem Certa (DCERTA), ferramenta que permite a vigilância continuada dos planos de voo e faz do Brasil o único país do mundo a possuir fiscalização prévia de suas rotas.

A partir deste mês, o sistema DCERTA fará o envio automático de e-mail ao piloto solicitante com a autorização do trecho cadastrado, a aeronave utilizada e os aeródromos de origem e destino. A mesma comunicação será enviada ao operador da aeronave. Além disso, a ANAC hospedará um link em seu site na qual todo piloto terá acesso ao histórico dos voos realizados.

Com essas medidas, a Agência vai aumentar ainda mais a segurança das operações aéreas para evitar que algum piloto utilize fraudulentamente o registro de outro aviador.

Ao receber o e-mail automático, o piloto poderá confirmar suas rotas. Se algum trajeto registrado com seu código não foi efetuado por ele, o piloto deverá informar à ANAC, para permitir que a Agência adote as providencias cabíveis. Se a fiscalização identificar que o piloto deixou de comunicar a divergência, o aviador será penalizado na esfera administrativa e criminal.

Os pilotos também poderão checar periodicamente seu histórico de voos, por meio de relatório disponível no site da ANAC. Essa ferramenta tem o mesmo objetivo do e-mail automático e também permitirá que o aviador, após a checagem, tenha ciência dos voos cadastrados com seu código no sistema DCERTA. Se algum deles não estiver de acordo com os trechos realizados, o piloto também deverá comunicar o fato à ANAC, para não correr o risco de ser autuado.

Para 2012, está prevista a implantação de mais um mecanismo de segurança no sistema, a identificação positiva da tripulação, que só irá permitir o cadastro e a autorização do voo mediante senha individual e intransferível de cada piloto. A concessão da senha a outro piloto para realizar o cadastro do voo é passível de sanções.

A ANAC esclarece que todos os dados informados no sistema são de responsabilidade do piloto e, caso ocorram fraudes nas informações, o piloto responsável responderá criminalmente e também sofrerá sanções aplicadas pela ANAC, que vão de suspensão de habilitação ao recebimento de multas.

 

Saiu o RBA 67    REQUISITOS PARA CONCESSÃO DE
CERTIFICADOS MÉDICOS AERONÁUTICOS, PARA
O CREDENCIAMENTO DE MÉDICOS E CLÍNICAS E
PARA O CONVÊNIO COM ENTIDADES PÚBLICAS

  https://www2.anac.gov.br/biblioteca/rbac/RBAC67EMD00.pdf

 

78.000 pousos e decolagens em Jundiaí,SP

ANAC aperfeiçoa vigilância de planos de vôo

Brasília, 06 de dezembro de 2011 - A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) está aprimorando o sistema Decolagem Certa (DCERTA), ferramenta que permite a vigilância continuada dos planos de voo e faz do Brasil o único país do mundo a possuir fiscalização prévia de suas rotas.
A partir deste mês, o sistema DCERTA fará o envio automático de e-mail ao piloto solicitante com a autorização do trecho cadastrado, a aeronave utilizada e os aeródromos de origem e destino. A mesma comunicação será enviada ao operador aeroportuário. Além disso, a ANAC hospedará um link em seu site na qual todo piloto terá acesso ao histórico dos voos realizados.
Com essas medidas, a Agência vai aumentar ainda mais a segurança das operações aéreas para evitar que algum piloto utilize fraudulentamente o registro de outro aviador.
Ao receber o e-mail automático, o piloto poderá confirmar suas rotas. Se algum trajeto registrado com seu código não foi efetuado por ele, o piloto deverá informar à ANAC, para permitir que a Agência adote as providencias cabíveis. Se a fiscalização identificar que o piloto deixou de comunicar a divergência, o aviador será penalizado na esfera administrativa e criminal.
Os pilotos também poderão checar periodicamente seu histórico de voos, por meio de relatório disponível no site da ANAC. Essa ferramenta tem o mesmo objetivo do e-mail automático e também permitirá que o aviador, após a checagem, tenha ciência dos voos cadastrados com seu código no sistema DCERTA. Se algum deles não estiver de acordo com os trechos realizados, o piloto também deverá comunicar o fato à ANAC, para não correr o risco de ser autuado.

Para 2012, está prevista a implantação de mais um mecanismo de segurança no sistema, a identificação positiva da tripulação, que só irá permitir o cadastro e a autorização do voo mediante senha individual e intransferível de cada piloto. A concessão da senha a outro piloto para realizar o cadastro do voo é passível de sanções.

A ANAC esclarece que todos os dados informados no sistema são de responsabilidade do piloto e, caso ocorram fraudes nas informações, o piloto responsável responderá criminalmente e também sofrerá sanções aplicadas pela ANAC, que vão de suspensão de habilitação ao recebimento de multas.

Confira todas as obrigações dos pilotos(sempre dos pilotos,dos funcionários nada!!!!)  em https://www2.anac.gov.br/arquivos/seminario/DCERTA_FERNANDO.pdf

Operação ÁGATA III  -  25 aeronaves interceptadas, apreensão de drogas e munição => 360graus.terra.com.br/esportesaereos/default.asp?did=32804&action=news

///Aos visitantes do site, venham com seus aviões ao aerodromo, onde serão cordialmente recebidos. Caso venham em final de semana, podem ser brindados com algumas acrobracias do amigo Tito Lívio.///

Notícia da Folha  -  PF prende grupo que fraudava vítimas de acidentes aéreos.www1.folha.uol.com.br/mercado/1011404-grupo-fraudou-inss-de-vitimas-de-acidentes-de-gol-tam-e-air-france.shtml

 


 

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